segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Bar é poesia (O dia de hoje, após o ontem de nós)
O dia de hoje, após o ontem de nós
(luiz alfredo motta fontana)
A mesa bem posicionada
O atendimento corre normal
O gelo brinca no copo, enquanto o scotch reduz a tensão
De resto o silêncio
O não remoer velhos temas
A instituição sobreviveu
O viver restou acanhado
O sentir se transformou em referência ao longe
Já não mais o "nós"
Apenas o sorrir
Que insiste lembrar
Como se recém colhido fora
Bar é poesia (As mesmas correntes)
As mesmas correntes
(luiz alfredo motta fontana)
Certa manhã sorriu
descobrira por acaso
em meio ao torpor da madrugada
que o erro não fora
estar nu
e sim
para quem despira
Já distante
acenou
sem sequer ser visto
enquanto ela
vestida de sisudez
lustrava rotineira
as mesmas correntes
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