sábado, 6 de setembro de 2014
Bar é poesia (o descartar de versos)
o descartar de versos
(luiz alfredo motta fontana)
no quase despertar
quando teu corpo espreguiça
quando tua consciência
é mero toque
quando a escolha
entre sorrir
e acabrunhar
ainda pertence
aos sonhos e humores
quando és
quase desperta
o poeta
descarta versos
reconhecendo a poesia
Bar é poesia (La Femme Mûre)
La Femme Mûre
(luiz alfredo motta fontana)
Nela a vida esculpe
a beleza que a poesia insinua
Seus gestos
são versos impúdicos
Seu mover
simula dança
Sua tez
absorve o lúdico
O olhar
alcança o úmido
Sorrindo
flerta com o ambíguo
Conjuga o verbo ir
revelando contudo
um breve retornar
Bar é poesia (Espelho)
Espelho
(luiz alfredo motta fontana)
cada qual no seu cantinho
cada um
com seu igual
enquanto busco
teu aceno
nosso espelho
mesmo quebrado
repete
os sete erros
Assinar:
Postagens (Atom)