BLOGBAR DO FONTANA
Na mesa de um bar, o olhar de um cidadão, como companhia, sua prosa e poesia.
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
Bar é poesia (Trégua)
Trégua
(luiz alfredo motta fontana)
Para além do mamoeiro
Sanhaço imita o céu
O menino
por tédio
aposenta o estilingue
Sabiás flauteiam
A tarde dormita
escapando entre meus dedos
Não há juras
nem anéis
Bar é poesia (Sem selo)
Sem selo
(luiz alfredo motta fontana)
Conheço esta esquina
O fluxo, o refluxo, o som, o medo
Conheço esta calçada
O passo, a fuga, o retorno, o frio
Conheço esta rua
portas, janelas, recuos
muros
baldios
em sombras
Só não te reconheço
O soluço, o suor, o arfar
estes os mesmos
Perdeste as vestes, a fantasia, o charme
Ficaste igual à tantas outras
Nua e triste
Restou o endereço
Quase em pânico
o carteiro
adivinhou-se
perdido
sem selo
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