quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Bar é poesia (Refaz)




Refaz



(luiz alfredo motta fontana)




No fim do banho
o começo do dia
aroma renovado

Bar é poesia (Desalento)




Desalento



(luiz alfredo motta fontana)




O violão sem cordas
testemunha do abandono
repousa em mesa ao centro

Ao lado dele
velho cachimbo
frio, sem tabaco, sem cheiros
faz companhia à garrafa vazia
com rótulo escocês

No chão, folhinha antiga
dias marcados
significados perdidos

Na parede, o retrato
musa abandonada
sem direito à versos
esboça ainda
um sorriso amarelado