O adormecer do poeta
(luiz alfredo motta fontana)
A nascente vai ao longe
afluentes minguam
saltos, sobressaltos
são agora lembranças
suavizaram
Turvo
guarda poucos sonhos
alguns nunca acordados
relutam em prosseguir
vencidos pela corrente
É um rio
é a vida
é a poesia que se despede
é um poeta
prestes a adormecer