terça-feira, 3 de maio de 2016

Bar é poesia (O segredo)




O segredo





(luiz alfredo motta fontana)







Porque andas tão leve?
Teu caminho, pelo que sei, foi árduo...
Porque esse sorriso com ares de novo?
Qual teu segredo?

As perguntas brotavam sem pausas
do que se dizia "velho amigo"

sem pausas
sem vírgulas
sem pudores...

A curiosidade explícita

Porque?
Simples!
dissera em resposta
O caminho foi árduo, mas único
O segredo é singelo
Caminhe...
ao mesmo tempo dispa as mágoas
E nunca...
nunca mesmo
vista o "achamos isto ou aquilo"
dos meros circunstantes
estes, são péssimos alfaiates

Respondendo
entre um gole e outro
admirando a cor do malte
no mesmo copo baixo
límpido cristal
sem máculas do passado
mesmo que maturado entre histórias e encantos

Bar é poesia (O glamour)




O glamour




(luiz alfredo motta fontana)







a mesa repleta
a conversa fluindo

ele, como sempre encantado
ela, ensaiando a naturalidade

a música, tecendo o enredo

três vezes ela se fora
cometendo o ato inútil
levar os rins ao toilette
era a desculpa
para cuidar do carmim dos lábios