domingo, 17 de agosto de 2014

Bar é poesia (Como de hábito...)



Como de hábito...





(luiz alfredo motta fontana)









A mão
em descanso
O pescoço
levemente tenso
O olhar
disperso
As pernas
cruzadas

O tempo
escorre em suave canto

Conjugamos conversar
displicentemente
Nas entrelinhas
pequenos detalhes

Conjugo absorver
hesito
em dúvida

Qual?
Qual destes?
tentando capturar todos
pequenos
reveladores
moveres
embebidos em sutilezas
prenhes de ti

Não ouso apontar nenhum
Adio o despir

Como de hábito...
Abraço-te no imaginário.

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