redundante
(luiz alfredo motta fontana)
o tempo
quando o novo é menor que o velho
apronta das suas
em águas renovadas
escasseiam novos sonhos
borbulham antigas charadas
emergem tesouros guardados
renascem antigas partituras
transbordam memórias
prazer efêmero
enfim conjugar
mesmo que silenciosamente
aquele estranho verbo
redundante e reflexivo
outrora esquecido
em estrófe última
autobiografar-se
para
de novo sonhar
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