quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Bar é poesia (A garota do adeus)




A garota do adeus





(luiz alfredo motta fontana)






Um dia
lhe entregou o adeus...
Delicado, leve,
em tons de azul,
com retoques em prata.


Feito da mais pura solidão,
torneado a fogo,
com o brilho transparente da angústia.
A textura flexível,
de quem enfim compreendera...


Ela aceitou,
insistira tanto por ele.
Embrulhou num sorrir,
guardou na própria tristeza,
ao lado do velho desistir...


Até hoje, nas tardes,
e prenúncios da noite,
ela brinca
ele sempre a mão.


Nunca mais só
a garota do adeus

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