quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Bar é poesia (nuance)
nuance
(luiz alfredo motta fontana)
no reflexo dos versos
em tons indiscretos
teu corpo revela
o caminho do olhar
Bar é poesia (O tropeço)
O tropeço
(luiz alfredo motta fontana)
Há tempos não vestia outonos
não fechava bares
não desafinava Caymmi
Esquecera o acordar vazio
nada além da sede
após o torpor
antes do adiar
Há tempos não colecionava imprecisões
Foi assim
distraído
que tropeçou em teu luar.
Bar é poesia (redundante)
redundante
(luiz alfredo motta fontana)
o tempo
quando o novo é menor que o velho
apronta das suas
em águas renovadas
escasseiam novos sonhos
borbulham antigas charadas
emergem tesouros guardados
renascem antigas partituras
transbordam memórias
prazer efêmero
enfim conjugar
mesmo que silenciosamente
aquele estranho verbo
redundante e reflexivo
outrora esquecido
em estrófe última
autobiografar-se
para
de novo sonhar
Bar é poesia (Ausência)
Ausência
(luiz alfredo motta fontana)
não importa a mesa
não importa o bar
nem mesmo a idade do malte
entre um cigarro e outro
mesmo com o sambinha ao fundo
alheia ao murmurinho
tua ausência nua
estará ao lado
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